Nas Garras do Tráfico

Quando assiti ao filme "Meu Nome Não é Johnny", pensei: "Caramba, o cinema brasileiro vem melhorando a cada dia que passa! Que puta produção! Que fotografia linda! Que imagens..., que atuação..., que..., que...", realmente me causou bastante suspiros. Foi um dos melhores filmes que já assisti nos últimos tempos! Uma boa história para se colocar numa tela grande, onde um playboyzinho de classe média, um pouco deixado de lado pelos seus pais, se empolga na vidança que ele começa a ter a partir do tráfico. Além dessa história toda, ainda nos mostra toda corrupção e bandidagem que existe entre agentes policiais, advogados, polícia civil, e acima de tudo, mostra toda a esperteza e a inteligência do João Estrela (Selton Melo atuando), que hoje usa essa disciplina que ele teve na vida do crime, para a Produção Musical (uhuhuhuuu!!).

Mas, não vim aqui para falar especificamente de "Meu Nome Não é Johnny", e sim, de um filme chamado: "Nas Garras do Tráfico". Filme americano, que mostra a vida de um estudante que tenta ganhar a vida trabalhando um pouquinho ali outro pouquinho aqui, que tem uma mãe viciada em cocaína, e por isso, ele se nega ao uso da mesma, mas para ele, traficar maconha, não faz mal para ninguém, muito pelo contrário..., só tem a ganhar, mas que com a empolgação do tráfico, começa a cheirar cocaína, fumar muita maconha, comprar carrão, e todas as coisitas que um traficante vagabundo faz.

Semana passada estava eu numa palestra que rolou na Biblioteca Central dos Barris, intitulada: "Arte na Periferia", que foi discutido sobre o uso da mídia, para a divulgação do Hip Hop das favelas e comunidades, e foi citado sobre o filme: "Maré, nossa história de amor" (BRA), até porque Lúcia Mourat - jornalista - que é a autora deste filme, fazia parte da mesa de debate. Ao final do bate papo, um rapaz com uma câmera na mão, veio me perguntar se eu achava que o cinema brasileiro estava imitando o cinema americano, algo desse tipo, não me lembro perfeitamente qual foi a pergunta, só sei que foi neste contexto. E o que eu respondi ao rapaz, foi que eu nunca tinha parado pra pensar nisso, o que eu sei que filmes como: Carandiru, Cidade de Deus, Tropa de Elite, Meu Nome Não é Johnny, Cidade dos Homens, e até mesmo o recente Maré, são essenciais e obrigatórios para que todos os brasileiros assistam e reflitam sobre tais questões. Se o Brasil quer entrar no mesmo modelo cinematográfico dos Estados Unidos, isso não me importa, até porque não sou crítica de cinema, e essas preocupações não me interessam, o que eu sei é que todos são reflexos de alguma influência do presente ou do passado.

E, assistindo ao filme "Nas Garras do Tráfico"(EUA), que é um filme também baseado em fatos reais, e que também teve um final um pouco feliz ( menos trágico), como "Meu Nome Não é Johnny"(BRA), me lembrou a pergunta do rapaz da câmera sobre o cinema americano e brasileiro, pois com certeza, o diretor do filme nacional, teve alguma influência do filme americano. Querem saber por quê?! Assistam "Nas Garras do Tráfico"que vocês irão saber. Agora não vão achando que é filmaço porque não é..., mas vale a pena!!